15 de dezembro de 2024

Cosmovisão Integral


A minha reflexão este ano sobre a cosmovisão, enquanto o esqueleto ou estrutura onde assentam as nossas ideais ou a Magna Carta que rege o nosso pensamento e a nossa vida, foi inspirada na leitura de um livro intitulado “The Powers that be”, do teólogo protestante Walter Wink. O livro não é acerca da cosmovisão, mas sim dos poderes que governam este mundo. Porém, em cinco páginas deste livro, Wink descreve as 5 cosmovisões que têm governado o imaginário dos seres humanos até agora.

São elas a cosmovisão antiga, a espiritualista, a materialista, a teológica e a integral. Entendi que havia mais cosmovisões que as citadas neste livro e também muitas mais para além das que menciono nos textos deste ano. Como se pode observar, três das cosmovisões que Wink menciona fazem parte do meu estudo: a materialista, a espiritualista e a integral, objeto deste texto.

Como dissemos, a cosmovisão materialista é a que governa o mundo da cultura, da política, das artes, da ciência, da alta finança e da universidade. Estes ambientes foram completamente esterilizados de qualquer sentimento, manifestação, pensamento ou símbolo religioso. A cultura ocidental, filha do cristianismo, meteu a mãe na prisão e fez uma “limpeza étnica” de muitos elementos associados ao cristianismo.

Outros elementos, rouba-os sem os citar, como por exemplo os livros de registo dos batismos que a primeira república roubou às Igrejas para começar o registo civil. A outros elementos muda-lhes os nomes; os historiadores em vez de dizer antes ou depois de Cristo dizem antes ou depois da era comum.  

Tão materialista se tornou a sociedade ocidental que é quase desumana, fria, egoísta, ninguém se importa com ninguém; o individualismo e o egoísmo cresceram desmesuradamente; os ateus e agnósticos dizem que têm valores, mas não os vemos em ação em lado nenhum. Neste clima de tanta desumanidade materialista, muitos se refugiam no espiritualismo e, seguindo a lei do pêndulo, aderem a um espiritualismo que nega e demoniza toda a matéria. Constituem pequenas comunidades que são autênticos oásis neste deserto materialista.

A cosmovisão integral é uma cosmovisão que busca reconciliar o homem com a sua natureza. Como já dissemos, entendemos que o homem moderno reprime o sentimento religioso como uma sociedade puritana reprime o sexo. A cosmovisão integral visa também superar os dualismos próprios da cosmovisão espiritualista, buscar a síntese destas teses e antíteses: espírito vs matéria, alma, vs corpo, criacionismo vs evolucionismo, sagrado vs profano, puro vs impuro, etc.

Esta nova mentalidade, esta nova cosmovisão, esta nova ótica e forma de ver as coisas está a surgir das cinzas do materialismo, como uma Fénix renascida. Não é um espiritualismo tosco, ignorante e reacionário que tem a ciência como inimiga, mas a vivência do sentimento religioso à luz da ciência, em diálogo constante com ela. Trata-se de uma fé que se deixa purificar pela ciência de todos os mitos, superstições e irracionalismo, é uma ciência que se deixa guiar e inspirar pela fé, que não tem vergonha dela. Poucos são os que já vivem nesta dimensão, a maioria da população ou é materialista ou espiritualista.

História do materialismo
Da religião à anti-religião, a história do materialismo é a história da evolução, da vivência do sentimento religioso. Tudo começou com uma matéria impregnada de espírito, a respirar espírito por todos os poros: foi a etapa do animismo. À medida que o ser humano ia conhecendo as realidades materiais do mundo à sua volta, ia-lhes roubando a alma.

Ao passar do animismo ao politeísmo, o ser humano roubou a alma a um sem-número de realidades materiais, conhecendo apenas um punhado delas às quais atribuiu o estatuto de deuses, ou seja, de líderes de uma realidade como o tempo, o mar, o amor, a guerra. Por questões de simplificação, concentrou essas realidades numa única divindade, mas não ficou por aí.

Quando, pelas descobertas científicas do século XIX e respetivas aplicações práticas no seculo XX, o ser humano pensou que acabara de descobrir tudo o que havia para descobrir, orgulhoso e cheio de si mesmo como a soberba rã que se encheu de ar para ver se conseguia ser um boi, retirou ao sentimento religioso a carta de cidadania, declarando que afinal não tinha sido Deus a criar o homem à sua imagem e semelhança mas sim o homem que criou Deus à sua imagem e semelhança. Mais tarde, não contente com a sua criação, matou Deus e colocou-se a si mesmo no seu lugar.

Pouco a pouco, o Homem moderno está a dar-se conta de que o sentimento religioso, não é invenção da ignorância nem um a explicação para as coisas que não têm explicação. Que o facto de que por mais que o ser humano conheça, sempre haverá coisas que desconhece, prova que afinal a matéria parece ter certas propriedades comuns com o Espírito.

Alguns intelectuais do nosso tempo, não se definindo como religiosos, chegam a dizer que se Deus não existisse teria de ser inventado. Sim, porque reconhecem que este mundo, tal como está estruturado, pressupõe que a maioria dos seres humanos são crentes. Porque se fosse ao contrário as coisas não se passariam como se passam. Por isso, como disse eu algures, sorte têm os ateus e agnósticos de que a maioria seja crente. De facto, o mundo tal como está estruturado pode sobreviver com uma minoria agnóstica, desde que a maioria, como é o caso, seja crente.

A cosmovisão integral vai supor um devolver o roubado ao seu dono; devolver o Espírito à matéria, pois nem a matéria é tão material como pensam os materialistas, nem o Espírito é tão imaterial e incorpóreo como pensam os espiritualistas. A cosmovisão integral vai supor de alguma maneira o regresso ao animismo, mas não o mesmo animismo desinformado dos homens primitivos ou o nosso de quando somos crianças; será um animismo que colocará o espírito no centro de cada coisa. Hoje sabemos pela ciência que afinal a matéria visível é composta por partículas subatómicas invisíveis e intangíveis.

A física é a alma da ciência
Quando falámos de cosmovisão e ciência dissemos que as descobertas científicas fazem mudar a perspetiva que temos em relação a tudo o que nos rodeia, a forma como nos relacionamos com o meio, a nossa visão da vida; não é o mesmo pensar que a Terra é o centro do Universo que pensar que afinal não é a Terra, mas sim o Sol e, por fim, nem o Sol é o centro do Universo que provavelmente não tem centro. Não é a mesma coisa pensar que a matéria e a energia são duas realidades de natureza diferente que pensar que a matéria é uma forma de energia e a energia é uma forma de matéria, tal como a água existe em três estados físicos diferentes, e nenhum deles é semelhante ao outro, de tal forma que até parecem realidades completamente diferentes.

Todas as descobertas científicas podem provocar uma metanoia, uma conversão, um mudar de ideias, uma cosmovisão ou uma forma nova de ver as coisas. A nossa mente, a nossa fé e a nossa vida têm de se ir adaptando à evolução do conhecimento da realidade que nos envolve e com a qual nos relacionamos. A ciência que pode mexer mais com a nossa cosmovisão é a Física, pois é a que estuda as coisas mais básicas e fundamentais para a nossa vida, como a matéria e o cosmos.

É neste sentido que podemos afirmar que a cosmovisão materialista está fora de moda porque não acompanhou as últimas descobertas científicas no campo da física, sobretudo da física quântica. A cosmovisão materialista está certa e faz sentido no contexto da física mecanicista como é a de Newton, onde a realidade funciona com a precisão, cadência, ritmo e previsão de um relógio suíço.

Esta cosmovisão era já em si enganosa pois apresentava um relógio sem relojoeiro. Mas mais que isso, desde Einstein sabemos que a realidade nada tem a ver com a precisão de um relógio, mas se fosse um relógio não seria tão preciso como o suíço, pois seria relativo, ou seja, não marcaria sempre as mesmas horas.

A nova física quântica e a mecânica quântica
A mecânica quântica troca-nos as voltas, modifica-nos os paradigmas, atenta contra a lógica que tem governado a ciência e a nossa vida, pois pulveriza fronteiras que antes nos pareciam intransponíveis e acaba com os dualismos que opunham realidades que antes pensávamos bem diferentes e até contrárias, como a matéria/energia, estático/móvel, visível/invisível, tangível/intangível, previsível/imprevisível, material/espiritual, científico/filosófico.

Matéria/energia – O coração da matéria é intangível como a energia; o coração da matéria, o mundo dos átomos e partículas subatómicas é, de facto, energia.

Os átomos podem ser matéria, na medida em que tentamos pesá-los e medi-los; mas as partículas que os compõem têm cargas elétricas e movimentam-se, ou seja, exibem as propriedades da energia. Podemos concluir que são matéria na sua essência, descritíveis, qualificáveis e quantificáveis, mas que são energia na sua existência, porque exibem uma potência voltaica, reagem, criam ondas.

A matéria é energia em potência, a energia é matéria em potência. A combustão transforma matéria em energia: é o que acontece no centro do sol, onde átomos de hidrogénio se fundem, criando hélio e energia.

A matéria visível e sólida é composta por elementos invisíveis e, quanto mais viajamos ao centro da matéria, menos matéria (massa) e mais espaço vazio encontramos, pelo que a matéria parece reduzir-se a pequenas fibras vibratórias de energia. As partículas subatómicas são de facto manifestações de energia. Por isso, o que parecia tão visível e sólido, reduz-se agora a ondas eletromagnéticas. Assim sendo, podemos concluir que o nosso corpo e tudo o que materialmente existe se reduz a energia vibratória.

A matéria em si não existe, pois é somente o armazém de energia, não é mais que energia condensada, acumulada. Por exemplo, as plantas, por intermédio da fotossíntese, convertem a energia radiante do sol em energia química que é armazenada em moléculas orgânicas, como se uma planta fosse uma bateria, um armazém de energia.

Matéria/espírito – O materialismo não tem razão de ser, pois a matéria é formada por elementos invisíveis, quase espirituais e certamente não podemos compreender a matéria sem conhecer a sua alma. O átomo é a alma da matéria, por isso, não só os seres humanos têm alma, a matéria também a tem. A alma da matéria é tão invisível como a nossa no interior do nosso corpo.

Inerte/vivo – Já não é claro que só haja vida na matéria orgânica; já não existe uma tão grande diferença entre matéria orgânica e inorgânica ou inerte. As partículas subatómicas revelam-nos que a vida não existe só a nível das células, mas também a nível subatómico dos quarks. Claro que se trata de uma forma diferente de vida.

Visível/invisível – “Se a mecânica quântica não te chocou profundamente, é porque ainda não a entendeste. Tudo o que chamamos real é formado por coisas que verdadeiramente não podem entender-se como reais”. Niels Bohr

Rompe-se, também na matéria, a fronteira entre o visível e o invisível. A massa de um átomo é menos de 1% do seu tamanho, o resto é vazio, ou seja, o espaço entre o núcleo e o eletrão. Como acima foi dito, se o núcleo de um átomo fosse do tamanho de uma bola de basquetebol, os eletrões estariam a vários quilómetros de distância do núcleo.

Estático/móvel – A matéria que forma os objetos parece estática, parece parada, mas de facto, é uma ilusão: na realidade, tudo se move. Como se afirmou anteriormente, o eletrão orbita à volta do núcleo do átomo a uma velocidade de 2 200 quilómetros por segundo. A matéria não é, portanto, estática como parece, mas sim dinâmica.

Em mecânica quântica tudo é ilusão: a matéria visível é composta por elementos invisíveis, é aparentemente estática, quando na realidade está em movimento, é aparentemente muito diferente da energia, mas é de facto uma forma de energia.

Puro/Impuro – Nada há de material que faça o homem impuro (Marcos 7, 5). Não declares impuro nada do que Deus criou (Atos 10, 15).

Houve um tempo em que o ato sexual era visto com algo sujo, feio, pecaminoso e impuro; só era visto como um mal menor quando era realizado no contexto do matrimónio com a única finalidade de procriar. Mas, mesmo nesse caso, os casais cristãos eram aconselhados a não desfrutar do prazer do sexo e a abster-se por completo de relações sexuais durante a Quaresma. De resto, era visto como um “remedium concupiscência”, paliativo para a voluptuosidade, não como um ato de amor.

O amor é a alma do ato sexual, este é uma das expressões do amor na sua função de unir as pessoas num só corpo e numa só alma. E, sendo o ato pelo qual os dois serão uma só carne (Marcos 10, 1-12), resultando depois em três, não pode de maneira nenhuma ser um ato impuro a génese de um ser humano fruto do amor unitivo entre dois.

Sagrado/profano – Quando S. Paulo nos diz em 1 Coríntios que somos templo do Espírito Santo, e quando Jesus nos diz que em vez de rezarmos para seremos vistos pelos outros devemos fazê-lo no nosso quarto (Mateus 6, 5), devemos rezar dentro de nós em espírito e verdade, não no monte Gerasim ou no templo de Jerusalém (João 4, 23-54), onde está o profano? Não foi tudo criado por Deus? Se tudo e todos foram criados por Deus, não há nada de profano, tudo é sagrado.

Bem/mal – O amor como necessidade humana (amar e ser amado) não parece, à primeira vista, estar ligado com a moral, mas realmente está. Quando julgamos não amamos, quando amamos não julgamos; o amor universal, sobretudo o amor aos inimigos, supera o pensamento dualista do bem contraposto ao mal, o que nos leva para a eternidade que é Deus que faz chover sobre justos e injustos e ama a todos incondicionalmente. Somos chamados a ser como Ele.

Diz-se também que o amor é cego; que os amantes tendem a não ver os defeitos e deficiências um do outro e que se abstêm naturalmente de se julgar um ao outro. E também parece que quando o amor desaparece só se vêm defeitos e deficiências. Isto leva-nos a concluir que só o amor nos pode livrar de ser hipercríticos uns com os outros, levando-nos de volta ao Jardim do Éden.

Deus/Diabo - Só existe Deus, o diabo não existe, o seu mito foi criado para ilibar a Deus da criação do mal. O mal, ou os males individuais foram criados pelo homem quando usou mal a sua liberdade. A possibilidade de que isto acontecesse, ou seja, a possibilidade de que os homens pudessem pecar, escolher o mal, foi criada por Deus ao fazer o homem livre. Não existe uma alternativa igualmente viável ao bem, a Deus; quem não recolhe comigo, diz Jesus, dispersa, pois não há um diabo com quem possa recolher….

A mecânica quântica prova o poder da fé
Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não fomos capazes de expulsar o demónio?» Disse-lhes Ele: «Pela vossa pouca fé. Em verdade vos digo: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: “Muda-te daqui para acolá” e ele há de mudar-se; e nada vos será impossível. Mateus 17, 19-20

Na mecânica determinista clássica, sabendo a posição inicial e o momento (massa e velocidade) de todas as partículas pertencentes a um sistema, podemos calcular as suas interações e prever como elas vão comportar-se.

Tal não acontece em mecânica quântica; o princípio de Heisenberg coloca em evidência que é impossível saber ao mesmo tempo a posição exata que um eletrão ocupa na eletrosfera de um átomo e a velocidade com que anda à volta do núcleo; quanto mais soubermos da sua velocidade, menos saberemos da sua posição e vice-versa.

Segundo Niels Bohr quando se mede uma partícula subatómica, o ato de medição, força a partícula a renunciar a todos os lugares possíveis onde poderia estar e (princípio da incerteza) seleciona a localização onde podes encontrá-la; é o ato de medição que força a partícula a fazer aquela escolha.

Ao contrário de Einstein, Bohr aceitou que a natureza da realidade era inerentemente confusa; Einstein preferia acreditar na certeza das coisas em si e em todo o tempo e não só quando são medidas ou observadas. Bohr chegou a dizer que “gostaria que a lua permanecesse no seu lugar mesmo quando não estou a olhar para ela”. Quando Einstein, já bastante aborrecido, disse que “Deus não jogava aos dados”, Bohr impassivelmente respondeu, “Para de dizer a Deus o que tem de fazer.”

“Considero a consciência como fundamental. Entendo a matéria como sendo um produto derivado da consciência. Não podemos estar por detrás da consciência. Tudo o que falamos, tudo o que consideramos como existente, requer a consciência.” Max Planck (1858-1947) Prémio Nobel, fundador da teoria quântica.

Cosmovisão integral
"Ninguém prega retalho de pano novo em roupa velha; do contrário, o remendo arranca novo pedaço da veste usada e torna-se pior o rasgão." Ninguém põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho os arrebentará e se perderá juntamente com os odres; mas para vinho novo, odres novos. Marcos, 2, 21-22

Quem ainda tem a sua mente formatada nos princípios determinísticos e na precisão da física mecanicista, não pode entender a física e a mecânica quânticas. O seu odre materialista não pode entender uma matéria impregnada de espírito, bizarra, ilógica, criteriosa, mística; o dinamarquês Niels Bohr, um dos criadores da nova ciência, chegou a afirmar certa vez que só não se escandalizou com a Física Quântica quem não a entendeu.

A visão integral da realidade vê tudo como tendo um aspeto exterior e interior. O céu e a terra são vistos assim como os aspetos interno e externo de uma única realidade. O espírito está no centro de cada coisa criada. Esta realidade espiritual interior está indissociavelmente relacionada com uma forma exterior ou manifestação física.

O céu ou o espírito não é para cima e a matéria para baixo, mas dentro. É de certa forma a imanência de Deus que está no centro de tudo. Tudo está em Deus e Deus está em tudo. Isto não é panteísmo que tudo é Deus, mas panenteísmo: tudo está em Deus e Deus está em tudo. Esta visão de mundo é partilhada por religiões nativas americanas, que falam do pai céu e da mãe terra.

A alma ou espírito, tal como o descreve S. João, é também governada pelo mesmo princípio de incerteza que governa o interior da matéria nas partículas subatómicas de que é formada: "O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito". João, 3, 8.

A cosmovisão integral reconcilia a ciência com a religião, a matéria com o espírito, o mundo interior com o mundo exterior. O mundo encantado das partículas subatómicas provou ao cientista que afinal não pode apreender tudo com a sua razão e ser o senhor da realidade que pensava que era no tempo da física mecanicista de Newton. A nova física diz ao homem de hoje “cresce e aparece”! Grow up!

Conclusão: os materialistas agnósticos, desfasados da realidade da física quântica de hoje, continuam formatados segundo a física mecanicista de Newton; ao roubar o espírito à matéria, comem um pão que alimenta, mas não sabe a nada. Os espiritualistas, negando a corporeidade da matéria, vivem como almas penadas num mundo que, sendo em si um vale de prazeres e alegrias, se tornou num vale de lágrimas. Ao roubarem a matéria ao espírito, comem um pão que pode até saber bem, mas não alimenta. A cosmovisão integral é como um pão integral, que alimenta e sabe bem; dá saúde ao corpo e alegria à alma.

Pe. Jorge Amaro, IMC


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