1 de novembro de 2018

CNV - Educar sem prémios nem castigos

Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: “Vem cá depressa e senta-te à mesa” Não lhe dirá antes: “Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu”? Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou? Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.Lucas 17, 7-10

Prémios e castigos fazem parte da linguagem violenta, que precisa de estímulos externos para que as coisas sejam feitas. O homem novo, o homem não violento, é autónomo, a motivação para o seu agir é intrínseca, não faz o que faz por medo ao castigo, nem na ânsia de ganhar um prémio. Faz o que faz porque gosta, porque dessa forma satisfaz as suas necessidades e as necessidades dos outros no meio em que vive, contribuindo positivamente para a sua família, instituição, empresa ou sociedade em geral.

O texto bíblico acima citado confere esta ideia: Deus não fica em dívida connosco por termos feito o que era nosso dever fazer. Rosenberg repete muitas vezes, não faças nada que não seja por puro gosto de o fazer; aparentemente esta ideia parece ir contra o princípio cristão de fazer algo por alguém, de se colocar ao serviço dos outros, mas não é assim.

Tudo o que fazemos, devemos fazê-lo por gosto, porque livremente escolhemos fazê-lo. Desta forma, ninguém fica devedor do que fazemos, não somos escravos de nada nem de ninguém, nem sequer do dever, não escravizamos ninguém, ou seja, não endividamos as pessoas com o que fazemos por elas, pois não é por elas que o fazemos é por nós, porque temos gosto em contribuir para o bem-estar dos outros.

Marshall Rosenberg, o fundador da CNV, não desenvolveu muitos dos temas do âmbito da filosofia que estão na base da sua técnica linguística. Mas o tema da educação, esse sim, desenvolveu-o em dois pequenos livros, “Teaching Children Compassionately” e “Raising Children Compassionately”. Estes mesmos vamos seguir para expor a sua forma de educar as crianças em casa e na escola.

Convencido de que a CNV tinha o potencial de criar um homem novo e um mundo novo, Rosenberg não descurou o tema da educação. Fez questão de que esta nova linguagem não só fosse ensinada aos mais novos, como também constituísse a filosofia da educação, tanto em casa como na escola. Ele próprio ajudou a criar muitas escolas chamadas escolas-girafa, onde o sistema de ensino, assim como as relações entre os alunos, entre os alunos e os professores, e entre os professores e os pais, seguissem a matriz da CNV.

As limitações à coação e ao castigo
Desde criança, o ser humano sente uma necessidade inconfundível de proteger a sua autonomia e liberdade. Resiste naturalmente a fazer aquilo que os outros desejam que ele faça, mesmo que seja algo bom, pelo simples facto de que não se trata de uma escolha pessoal e livre. É certo que sempre podemos pedir às crianças que façam isto ou aquilo, mas devemos estar claramente cientes da diferença entre pedir e dar uma ordem.

As ordens são coercivas, pois fazem-se acompanhar do medo, do castigo, da culpa e da vergonha e não dão possibilidade de escolha. Pelo contrário, os pedidos concedem essa possibilidade de escolha, de tal modo que se a resposta é “Não”, o que ouvimos é um “Sim” às suas necessidades, ou seja, só aparentemente respondeu “Não” ao nosso pedido.

Rosenberg é perentório em afirmar que basta fazer duas perguntas para chegar à conclusão de que os castigos ou os prémios não funcionam e são contraproducentes como meios para motivar o comportamento de uma criança.

O que é que queres que o teu filho faça?
Em resposta a esta questão, pode concluir-se que a coação e as recompensas parecem ser um atalho para levar uma pessoa a comportar-se como queremos. Esta estratégia pode funcionar a curto prazo; porém, quando a pessoa se dá conta de que os prémios são viciantes e manipuladores e de que a coação é um atentado à sua liberdade, a estratégia deixa de funcionar.

Quais são as razões que queres que motivem o comportamento do teu filho?
Rosenberg garante que ao fazer esta pergunta damo-nos imediatamente conta de que as recompensas e punições não funcionam. Um comportamento que é imposto, motivado pelo medo, culpa, vergonha, obrigação ou o desejo de uma recompensa é uma ameaça à necessidade de autonomia, liberdade e independência da criança. As motivações extrínsecas implicam o pagamento de um preço alto, tanto por quem cumpre como por quem impõe.

Certamente preferimos que as motivações de conduta do nosso filho ou de qualquer outra pessoa sejam intrínsecas e não extrínsecas, por imposição com castigo se não cumprir ou sedução com recompensa se cumprir. Para que assim seja, precisamos de nos ligar empaticamente ao outro, de forma que ele saiba que seus sentimentos e necessidades são para nós tão importantes quanto os nossos.

Através de um diálogo empático, ambas as necessidades - as nossas e as do outro - podem ser identificadas e conhecidas. Quando isto acontece, a natureza encontra estratégias para que as necessidades de ambos sejam satisfeitas de uma forma vantajosa para ambos. Empatia leva a gratuitidade, a fazer as coisas e a dar de coração, sem necessidade de recompensas.

É também o diálogo empático que transforma uma ordem num pedido. As ordens talvez sejam úteis no exército, mas não na educação, pois não têm em consideração as necessidades do outro, a sua autonomia e liberdade de escolha.

Castigo físico
Em quase todos os países do mundo ocidental já é ilegal bater nos próprios filhos e, no entanto, a grande maioria dos pais ainda acredita no valor da punição física - abdicar dela seria abdicar da implementação dos valores que pretendem ver encarnados nos filhos.

Ou seja, para muitos pais, abdicar da punição é abdicar de educar e deixar os filhos fazer o que querem. Por isto mesmo, porque a lei os obriga a abdicar da punição e eles não entendem a educação sem punição, acabam por abdicar das duas coisas: da punição e da educação, tornando-se permissivos e condescendentes. Isto é negativo não só para as crianças, mas também para os pais e para a sociedade em geral.

Castigado com prémios
O que é válido para a punição e coação é igualmente válido para os prémios; estes são tão coercivos como os castigos, com o intuito de obter uma determinada conduta das crianças. Em ambos os casos, estamos a usar o nosso poder sobre as crianças, forçando-as a comportarem-se como nós queremos. O prémio também rouba a liberdade aos outros, pois faz com que atuem por motivos exteriores a si mesmos, o que é também um atentado contra a sua autonomia.

Alfie Kohn, no seu livro Punished by rewards, diz que educamos as crianças em casa e na escola, e que gerimos os trabalhadores de uma empresa, da mesma forma que treinamos um cão - subornando-os com incentivos: “faz isto e obterás aquilo.” Motivações extrínsecas, em forma de louvores, dinheiro, prémios são ineficazes e contraproducentes porque quem as recebe depressa se dá conta de que a razão última é a manipulação e o controlo do comportamento do outro.

É notável como muitas vezes os educadores usam e abusam da palavra motivação quando o que querem verdadeiramente dizer é obediência e submissão. Com efeito, um dos mitos fundamentais nesta área é que é possível motivar alguém. Kohn aconselha os educadores a ignorarem os artigos, os seminários ou workshops com o título, "Como motivar os seus alunos": enquadrar a questão desta forma significa expor-se a um dispositivo e mecanismos de controlo. Por outro lado, se falarmos de uma motivação intrínseca, ela é desnecessária, pois ninguém consegue motivar ninguém.

Motivados pela culpa
A nossa ação ou a nossa dádiva, deve surgir do nosso coração, deve ser motivada a partir do nosso interior, deve ser auto motivada. Para além dos prémios e castigos, como motivação, coação ou incentivo que induz as crianças a fazer isto ou aquilo, muitos pais, especialmente os que deixaram de punir e castigar os seus filhos, encontraram uma técnica alternativa, no seu entender não violenta: a de instigar culpa nos seus filhos. Afinal não saíram do “triângulo das bermudas” de Karpman, apenas deixaram de ser perseguidores para serem vítimas.

Quando uma mãe diz ao seu filho “Magoas-me a mim e ao teu pai quando não limpas o teu quarto, quando não tiras boas notas, etc…” Como não há vítimas sem perseguidores, ao fazer-se de vítima, a mãe está a acusar e culpabilizar o filho de a perseguir com o seu comportamento, na esperança que o filho se sinta suficientemente culpado e que esta culpa o leve a compensar a mãe, completando assim o triangulo, ou seja, tornando-se no salvador da mãe e alterando o comportamento que supostamente a oprime.

É claro que as ações da criança não motivam o sentimento dos pais, mas sim o que eles dizem a si mesmos como resultado das ações do filho. A criança que muda o seu comportamento, para comprazer os pais, fá-lo por se sentir culpada e não porque positivamente quer contribuir para a sua vida e para a vida dos seus pais e da sociedade em geral. Se os pais, ao expressarem os seus sentimentos, referissem a seguir as suas necessidades, então o ato já não seria coercivo, nem violento, nem instigador de culpa na criança; pelo contrário, seria a CNV em ação: -  “A mãe sente-se frustrada quando não comes tudo o que tens no prato, porque quero (ou tenho necessidade de) que cresças forte e saudável”.

Criar laços
A solução entre a preservação da autonomia das crianças e o nosso desejo de que elas assimilem os valores que queremos transmitir-lhes por via da educação, é uma mudança de paradigma e objetivo. O que queremos é criar laços que permitam que todos satisfaçam as suas necessidades. Laços de respeito mútuo, onde as necessidades de ambos, tanto educadores como educandos, sejam igualmente importantes e interdependentes.

Neste novo paradigma de educação, aplicamos às crianças os mesmos princípios que usamos com os adultos: abdicamos de toda e qualquer avaliação em termos de certo ou errado, bom ou mau, substituindo estas avaliações por descobrir se vai ou não ao encontro das minhas necessidades, se está ou não em harmonia com elas. Na prática, isto deve ser feito de forma a não estimular ou provocar culpa ou vergonha nas crianças.

“Tenho medo quando te vejo bater no teu irmão mais pequeno, porque sinto necessidade de que a família seja um lugar seguro”, em vez de “Bater no teu irmão mais pequeno é mau, é covarde”. “Não limpaste o teu quarto, és um preguiçoso”. “Sinto-me frustrado quando me dou conta de que não fizeste a cama, tenho necessidade de que todos contribuam para manter a casa limpa e ordenada”.

Amor incondicional
Não vos deixeis tratar por “mestres”, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis “Pai”, porque um só é o vosso “Pai”: aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por “doutores”, porque um só é o vosso “Doutor”: Cristo. Mateus, 23-8-10

A autoridade autocrática não tem lugar em CNV nem no mundo novo que Jesus veio inaugurar; somos todos irmãos de facto e o que conta é a autoridade moral com a qual desempenhamos um serviço na comunidade. Todos os serviços são importantes para a vida comunitária, o desempenho de uma função, de um serviço, não nos dá nenhum poder sobre os outros; a única autoridade é a de Deus que é pai de todos. Portanto, o pai não tem autoridade sobre os filhos nem os mestres sobre os discípulos.

Este diálogo só funciona quando ganhamos autoridade moral sobre as crianças, no sentido de que estamos com elas quando elas mais precisam; muitos pais, pelo contrário, só se fazem visíveis ou presentes quando é ocasião de punir.

Uma criança pode um dia chegar a casa e desabafar “ninguém gosta de mim”; a tentação é negar que seja verdade ou dar conselhos. Nestes momentos, o mais importante é o silêncio empático que na prática se pode traduzir num olhar ou num gesto de apoio. Só depois se fazem perguntas que ajudem a criança a encontrar-se a si mesma.

O amor é incondicional e é certo que teoricamente, todos os pais amam incondicionalmente os filhos, mas na vida do dia a dia o que realmente comunicam em comportamentos e em linguagem corporal é precisamente o contrário, pois expressam tristeza e raiva quando as crianças não se comportam como eles desejariam e alegria quando estas fazem o que eles querem. Desta forma, o que as crianças gravam é a condicionalidade do amor dos seus pais, de tal forma que até podem fazer coisas elas mesmas não porque o desejam, mas para obter esse amor em forma de aprovação.

O uso da linguagem não violenta reduz os conflitos no seio da família assim como a rivalidade entre irmãos, pois substitui a luta pelo poder, pela cooperação e confiança. Para isso, os pais devem promover o crescimento emocional dos seus filhos e a autoestima, assim como proteger e alimentar a sua autonomia. Expressar frustração quando estes não fazem o que é para o bem de todos em vez de os julgar o culpabilizar. Fazer pedidos claros, concretos e viáveis e descobrir e escutar as necessidades por detrás da resposta “não.”

Quando uma criança diz ou faz algo que não é do nosso agrado
Não é raro, que uma criança diga ou faça algo menos positivo. É neste momento que devemos respirar fundo e gerir a situação dentro dos parâmetros da CNV, o que, a princípio, pode ser muito difícil e requerer algum tempo. Nestes momentos de crise, o mais certo é que o nosso cérebro reptílico tome conta de nós. Por isso, para nos ligarmos ao neocórtex, devemos dar tempo para que o cérebro reptílico se desligue e observar sem julgar, mesmo dentro da nossa mente. São quatro as nossas opções:
  1. Culpabilizarmo-nos – “Sou um mau pai ou mãe, o meu filho ou filha é assim por minha causa…"
  2. Culpabiblizamos a criança – “És egoísta. Mal-educado, não serves para nada, etc…”
  3. Conectamo-nos com os nossos sentimentos e necessidades – “Sinto-me desiludido, necessito que o meu esforço seja reconhecido.”
  4. Descobrimos os sentimentos e necessidades da criança – “Sentes-te relutante porque queres ter liberdade para fazer as tuas próprias escolhas?”
Quando conseguimos ligar-nos aos nossos sentimentos e necessidades, indiretamente estamos a ajudar o outro a fazer o mesmo e, desta forma, ambos encontram certamente uma saída airosa e satisfatória das necessidades de ambos, mesmo na pior das situações.

O objetivo é que o que quer que as crianças façam, seja porque elas mesmas o escolhem fazer e o fazem por gosto, cientes de que estão a contribuir para que a sua e a nossa vida sejam mais maravilhosas, já que o que fazem vai ao encontro da satisfação das nossas e das suas necessidades. Assim sendo, um pedido pode soar mais ou menos assim: “Gostaria que fizesses isto, satisfaria a minha necessidade, mas se por acaso as tuas necessidades estão em conflito com isso, diz-me, para descobrirmos os dois a melhor forma de satisfazer as necessidades de ambos.”

Escola chacal
Para a sociedade violenta se manter como tal, precisa de ter escolas onde a violência é aprendida e faz parte do currículo. Não se trata apenas de a direção da escola fazer vista gorda em relação ao bullying e só atuar quando as consequências são catastróficas ou quando é demasiado tarde e a vítima se suicidou. A violência institucional é exercida sobre as crianças nos seguintes moldes:
  • Ensina as crianças a obedecer incondicional e acriticamente à autoridade, de forma a que, quando são contratados para um emprego, elas fazem o que lhes é mandado sem levantar questionar.
  • Treina as crianças a trabalhar por uma recompensa externa. A escola não está interessada em que a criança aprenda a enriquecer a sua vida e a vida dos outros, mas que se esforce por obter notas altas, goste ou não goste do tema de estudo, uma vez que estas notas vão traduzir-se no futuro num emprego com salário elevado.
  • Mantém as desigualdades sociais e um sistema de classes ou castas, fazendo-o parecer uma democracia.
Escola-girafa
As escolas em que pais e professores se relacionam como parceiros — onde a comunicação não violenta faz parte de cada interação — são comunidades de aprendizagem e não fábricas impessoais de cima para baixo. " Riane Eisler em As Crianças de Amanhã

Nas suas muitas viagens, por 50 países, Rosenberg ajudou a criar este tipo de escola, onde as relações entre professores, alunos e o resto do pessoal da ação educativa se faz nos moldes da comunicação não violenta.

As crianças têm um papel ativo no processo educativo – Neste sentido, Rosenberg inspira-se no antigo processo socrático da maiêutica, da psicoterapia não diretiva de Carl Rogers e das experiências do brasileiro Paulo Freire. O outro, seja criança ou adulto, não é um saco vazio que eu vou encher de conhecimentos. Os estudantes, os professores, os pais e o resto do pessoal da ação educativa aprendem juntos, uns com os outros, pois todos têm algo a aprender e todos têm algo a ensinar.

A motivação é interna, autónoma, não coerciva – A motivação para o que quer seja que as crianças façam, sai delas mesmas, não é imposta de fora por meios coercivos negativos, como castigos e punições, nem positivos, como prémios e galardões.  A autonomia das crianças é um valor respeitado em escolas-girafa, porém não se afirma a autonomia desligada da interdependência. A verdade é que somos tão autónomos quanto interdependentes uns dos outros; um valor não pode ser afirmado em detrimento do outro. Os alunos são motivados por valores, necessidades e desejos intrínsecos a si mesmos, e não impostos ou sugeridos a partir de fora.

A autodisciplina substitui a disciplina assente na obediência motivada pelo medo ao castigo – Nesta escola as crianças não são disciplinadas, mas autodisciplinadas; isto porque estão convencidas do valor da disciplina pelo que esta não é imposta a partir de fora, mas querida e adotada a partir de dentro. As regras de funcionamento da escola são discutidas e acordadas por todos os que são afetados por elas.

As crianças respeitam a autoridade em vez de a temer – A autoridade não é autocrática nem sequer democrática, mas é sobretudo uma autoridade moral que conquista o coração das crianças por intermédio da empatia e da compaixão; assim sendo, existe um respeito e compreensão mútuo entre professores e alunos e colaboração a todos os níveis.

As crianças numa escola-girafa aprendem a expressar-se com os colegas e professores de forma positiva, evitando qualificativos, preconceitos, comparações e críticas. Expressam os seus sentimentos quando algo não corre bem e procuram descrever esses sentimentos. Seguidamente, perguntam aos outros, sejam eles pais, colegas ou professores como gostariam que eles atuassem, fazem esses pedidos de uma forma positiva e clara. Por fim, fazem-se responsáveis pelas próprias ações e decisões.

Para Rosenberg, nem só a aprendizagem do currículo, as boas notas, e o sucesso académico em geral são importantes para o futuro das crianças; a relação que a criança estabelece com o professor e com os colegas faz parte da aprendizagem e é igualmente importante para uma vida bem-sucedida no futuro. As escolas devem preparar em geral para a vida e não só para o exercício de uma - profissão. Se uma criança aprende a resolver conflitos nos moldes da comunicação não violenta está a ser preparada não só para a vida profissional, mas também para a vida em geral.

O importante não é apenas o destino da viagem, o dia da formatura, mas também o processo que levou até lá - as relações vividas e a forma como foram vividas, os conflitos experimentados e resolvidos, a forma como se aprendeu - tudo isso faz parte da bagagem que a criança leva para a sua vida e não só um papel, um diploma.

As crianças resolvem os próprios conflitos – Algumas escolas têm na sala de aula um lugar chamado o canto da mediação; quando surge um conflito entre dois alunos, um terceiro faz de mediador entre os dois, usando com eles a técnica não violenta de resolução de conflitos.
Pe. Jorge Amaro, IMC







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