15 de abril de 2017

Fátima: Intervenção Sociopolítica

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Fátima é o maior acontecimento religioso da primeira metade do século XX, uma explosão transbordante do sobrenatural neste mundo enleado na matéria. Paul Claudel – Poeta Francês, dramaturgo e diplomata

Fátima - a mais política de todas as aparições marianas. Clodovis Boff – Teólogo, filósofo e professor

A pintura e a escultura, ao longo dos tempos, têm-nos habituado a uma imagem estereotipada de Maria como “humilde serva de Sião”, passiva, de rosto sereno e calmo, que, em vez de falar abertamente e expressar os seus pensamentos e sentimentos, guarda as coisas no seu coração (Lucas 2, 19). Não negamos que tudo isto seja verdade, mas é só uma faceta da sua personalidade.

Não sei por que razão, ao largo dos séculos, a outra cara de Maria nunca foi pintada nem esculpida; a mulher do Magnificat que, a plenos pulmões, cheia de energia, quase contradizendo o paradigma antes descrito, proclama: “manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.” Lucas 1. 51-53

Maria pro ativa – Quando recito estes versos, a imagem que me surge na mente tem mais parecido com a Padeira de Aljubarrota ou com a mulher de peito nu, empunhando a bandeira diante das tropas da tomada da Bastilha, que aquela a que a Igreja nos tem habituado. Admito a exageração, sobretudo por causa do elemento violento implícito nas duas imagens da minha fantasia; mas também há exagero na figura estereotipada, pelo que a verdade seja um misto das duas figuras. Uma Maria, obviamente não agressiva, mas mais proativa que passiva.

Sendo a aparição de Nossa Senhora em Fátima, a mais política de todas as aparições, como diz Boff, até para verificar a autenticidade das aparições de Fátima, era mister encontrar alguma manifestação política na figura bíblica de Maria. Pelo Magnificat podemos concluir que Fátima não foi a primeira vez que Maria “se meteu na política”. Assim sendo, a mensagem de Fátima é verdadeiramente revolucionária ao estilo do Magnificat, e revela-nos a outra cara de Maria, a da intervenção sociopolítica, como pré-anúncio do Reino de Deus que o Seu filho veio trazer ao mundo.

Em Fátima, Maria, mãe da Igreja, mãe da vida, visita os seus filhos com uma mensagem de vida e de paz, para um mundo imerso na guerra, na morte genocida e ideológica; vem anunciar que Deus continua vivo e bem vivo, a todos aqueles que o proclamaram morto, como o filósofo Nietzsche no materialismo ideológico e histórico, assim como no ateísmo militante que, partindo da Rússia, se alastrou pelo mundo inteiro.

Em Fátima, Maria visita o seu povo como outrora visitou a sua prima Isabel; pede aos pastorinhos que se ofereçam e participem com Deus no projeto de salvação do mundo, vítima de si mesmo, do seu racionalismo e niilismo cruel e sem coração, que causou os horrores da guerra e a crueldade da tortura e o irracionalismo das perseguições e genocídios étnicos e religiosos do século XX. E, a título de esperança, para consolar os seus filhos nas horas amargas, deu-lhes a certeza de que, no fim, o seu coração imaculado triunfaria.

(…) coloco hoje diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal. Deuteronómio 30, 15. Tal como Moisés, Maria, em Fátima, coloca lado a lado a esperança e a ameaça, a salvação e a ruina, a promessa e o aviso, a graça e o juízo e, ainda tal como Moisés, insta-nos a optar pelo bem e pelo caminho do Evangelho para sair dos horrores nos quais o mundo se tinha metido.

O contexto histórico e social das aparições
 As duas guerras mundiais – Na primeira guerra mundial morreram cerca de 12 milhões de pessoas, na segunda 60 milhões. Nunca nenhuma guerra anterior tinha dizimado tantas vidas, se pensamos também no número de feridos, que duplica estes números e dos quais muitos ficaram deficientes o resto da vida.

Os totalitarismos, Nazista, Fascista e Comunista, com os seus genocídios, limpezas ideológicas étnicas e religiosas – Aos mortos na guerra, somamos os milhões de vítimas dos regimes totalitaristas que, a escala nunca antes vista, praticaram limpezas étnicas, como o extermínio dos Judeus nos campos de concentração nazis, as limpezas ideológicas comunistas praticadas nos Gulags siberianos e os torturados e desaparecidos dos fascismos europeus e latino-americanos.

O ateísmo militante comunista e a perseguição religiosa – na antiga União Soviética e países satélites pertencentes ao Pacto de Varsóvia; China, Cuba, onde ainda não existe liberdade religiosa, e os vários países africanos comunistas de orientação chinesa ou soviética, durante décadas, o ateísmo militante impôs-se, perseguindo os que se manifestavam religiosos. Segundo Eloy Bueno, no seu livro a Mensagem de Fátima, o número de mártires do século XX acende a 26.685.000

O armamento nuclear e a guerra fria – Com a bomba atómica que os Estados Unidos lançaram sobre as cidades de Hiroxima e Nagasaki, seguiu-se uma escalada de armamento nuclear que fazia uma ameaça constante para a Paz mundial. Ao fim da guerra fria, havia armas nucleares capazes de destruir o mundo, não uma, mas dez vezes.

Neste contexto lúgubre e tenebroso, antes de acabar a primeira guerra mundial, anunciando a segunda como pior que a primeira, deixando antever a possibilidade de uma terceira no segredo, surge Fátima como luz da paz que é possível; como um chamamento à conversão da Rússia, de uma forma especial, por ser responsável do ateísmo ideológico e militante mas, de uma forma geral, de todos os pecadores para os tirar do inferno, não tanto daquele inferno que os pastorinhos viram em visão, mas no inferno em que a vida dos homens se tinha tornado.

"Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho." Marcos 1, 15

“Para grandes males, grandes remédios” - Com a mesma urgência de Jesus no inico da sua pregação, por Maria em Fátima no ano de 1917, Deus intervém, direta e visivelmente, na história humana para reorientá-la para Cristo seu filho. Ajuda e protege os agentes do Evangelho da paz e do bem e pede a três crianças que se ofereçam pela conversão dos pecadores, da Rússia e pela paz no mundo.

A tríade de conversão, penitência e oração é ao mesmo tempo o centro do Evangelho e o núcleo da mensagem de Fátima. Assim sendo, podemos dizer que Fátima ecoa no dramático e negro século XX a mensagem do Evangelho de há dois mil anos.

“O meu Coração Imaculado triunfará”
Fátima em 1917 pode ser vista como o prolongamento de Lourdes em 1958, quando a Nossa Senhora se apresentou a Santa Bernardete como sendo a Imaculada Conceição, dogma que Pio XI proclamara anos antes e que Bernardete desconhecia o significado.

O ser humano é mente e coração, os racionalismos exagerados do seculo XX levaram aos horrores das guerras e genocídios que foram perpetrados por gente sem coração. Deus é Pai e é Mãe, é homem e mulher. Se Jesus representa a Deus como Pai e homem, pois como Ele disse a Filipe, quem me vê a mim vê o Pai, Maria, a mãe de Jesus, representa a Deus como mulher e mãe.

Por isso, a um mundo de excessivo machismo e racionalismo frio e cruel, tinha Deus que enviar uma mulher, Maria, para que as mulheres deixassem de permanecer em casa com a perna quebrada como mães e domésticas e se juntassem aos homens no comando dos destinos políticos do mundo.

Para que trouxessem à politica e à vida social o seu coração sensível e feminino. Pois o coração, como diz Pascal, tem razões que a razão desconhece. E é precisamente a isto que temos vindo a assistir no mundo ocidental e um pouco no resto do mundo, depois da segunda metade do século XX.

O feminino e o masculino são como as duas ases de um pássaro; um pássaro a voar com uma só asa voaria em círculos, e em círculos viciosos de facto tem a humanidade voado até aqui, repetindo os mesmos erros uma e outra vez, de geração em geração. A nossa esperança é que com a mulher ao lado do homem dando o seu contributo em todas as células da atividade humana, o mundo se torne mais humano. O século XX foi um século de demasiado cérebro e demasiado pouco coração. Um mundo mais inclusivo, não só das mulheres, mas também dos homossexuais e outros de certo será um mundo melhor.

O Imaculado Coração de Maria triunfará - Um coração imaculado sempre triunfa; quando a política é feita com coração - com generosidade, compaixão misericórdia, com amor - e não só com a razão. Quando este coração é puro e imaculado, sem a podridão da corrupção, da malícia e do interesse mesquinho e egoísta, então haverá igualdade e paz no mundo quando triunfe o coração sobre a razão e a pureza sobre a corrupção.
Pe. Jorge Amaro, IMC

1 de abril de 2017

Fátima: Que viram os pastorinhos?

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Uma senhora, vestida de branco, mais brilhante que o sol
Tinha um vestido branco, e um cordão de oiro ao pescoço até ao peito ... A cabeça estava coberta por um manto branco, também, muito branco, não sei, mas mais branco que o leite . . . e tapava-a até aos pés ... era todo bordado de oiro .... Aí que bonito! ... tinha as mãos juntas, assim, - e a pequena levantava-se do banquito, juntava as mãos à altura do peito a imitar a visão.
Jacinta

Jacinta, mais expansiva e sensível à beleza, não conseguia conter dentro de si a alegria sobrenatural que a inundava e não parava de exclamar: “Aí, que Senhora tão linda! Ai, que Senhora tão bonita!” Era alegria demasiado grande para permanecer num peito tão pequeno pelo que não tardou em dize-lo à sua mãe que se mostrou incrédula. Porém o seu pai, o Sr. Marto desde o primeiro momento acreditou, pois, conhecendo bem os seus filhos, sabia que nunca mentiriam amantes da verdade como eram.

Como podemos então conceptualizar as aparições, tanto as do anjo que se deram um ano antes a modo de preparação e as de Nossa Senhora de Maio a Outubro de 1917?

Aparição ou visão?
A teoria da autossugestão diz que, num ambiente em que as pessoas esperam que haja aparições haverá aparições. Não enquadram as aparições de Cristo ressuscitado aos apóstolos, nem a do mesmo a Paulo de Tarso, nem as aparições marianas aprovadas pela Igreja. Comum a todas estas é que a “aparição” apanha os videntes de surpresa.

Também não é uma visão, pois esta é sempre privada, e é expressão de uma forte experiência religiosa, sem público e sem uma mensagem para os outros",; por outro lado implica uma experiência religiosa anterior, frequentemente é um fenómeno místico que implica um longo processo de ascese.

Ao contrario da visão, a aparição é sempre profética, pois está confinada a um lugar e tempo específico, (Fátima Lourdes ou Guadalupe) há testemunhas desde o primeiro momento; há sempre uma mensagem profética para o tempo e para o lugar, e é sempre acompanhada de fenómenos, ou milagres que não têm uma explicação científica.

Foi, portanto, uma aparição a experiência dos pastorinhos em Fátima, mas foi esta como a de Cristo ressuscitado aos apóstolos? Partimos do principio de que a humanidade transfigurada de Jesus Cristo, o Seu corpo glorioso após a sua ressurreição e ascensão ao céu nunca mais se manifestou diretamente na terra na sua realidade corpórea como O viram os apóstolos. O mesmo pode ser dito em relação a Maria Sua mãe. Assim sendo os pastorinhos não tiveram uma visão de Maria na sua realidade corpórea, mas sim uma visão imaginativa, uma fantasia, uma alucinação. Jacinta de facto, num dos interrogatórios, referiu que a Senhora tinha pouco mais que um metro de altura.

Recordamos o princípio tomista: Quidquid recipitur ad modum recipientes recipitur. Para explicar o facto de que na ultima aparição enquanto a multidão estava entretida com o milagre do sol, os pastorinhos viram parte da corte celestial imaginada a seu modo: assim viram São José com o menino Jesus nos braços, a Nossa Senhora das Dores, Jesus Cristo abençoando o mundo e, por fim, a Nossa Senhora do Carmo.

Rejeitamos a presunção mesquinha de que tudo o que não é natural ou “normal” é patológico; os génios não são normais e, no entanto, não são patológicos. A Igreja, antes de permitir ou apoiar quaisquer aparições observa os seguintes critérios: 1. A mensagem está de acordo com o Evangelho e a doutrina da Igreja; 2. Os videntes gozam de perfeita saúde física e mental; 3. Os videntes são honestos e humildes e a sua vida é exemplar do ponto de vista espiritual e moral.

Alucinação divina
Assim qualificamos a experiência dos pastorinhos de Fátima. Alucinação, porque a Nossa Senhora não apareceu real e objetivamente; se assim tivesse sido, todos os presentes a teriam visto; divina, porque não foi provocada pela mente hipoteticamente doentia dos pastorinhos, porque eram perfeitamente sãos mentalmente, mas sim por Deus, para por intermédio deles, fazer passar uma mensagem para Portugal e o mundo inteiro.

A alucinação é uma perceção que ocorre na ausência física ou corpórea do objeto percebido; à semelhança do que ocorre com os sonhos noturnos, cuja sensação de realidade é tão viva que só ao despertar nos damos conta de que não era real. Portanto, no caso dos videntes de Fátima eles aperceberam-se da presença de Nossa Senhora sem ela estar realmente ou corporeamente presente.

Que há então de sobrenatural nesta experiência? O sobrenatural está no facto de que não foram os pastorinhos que se autoinduziram a esta experiência, mas sim foi causada por Deus. Este é de facto o critério principal para a sua autenticidade. Os pastorinhos não causaram a experiência, não a buscaram e nada fizeram para a ter é aqui que se situa o âmbito da intervenção divina assim como depois no conteúdo da mensagem que de modo nenhum podia ter sido por eles inventada, dada a sua condição de rudes e ignorantes, como os define o Cónego Manuel Formigão.

Não digo que seja a última palavra sobre o assunto; o que me faz ter a certeza de que as crianças experimentaram algo sobrenatural, é que, em conformidade com todas as pessoas que tiveram este tipo de experiências, as suas vidas mudaram radical e dramaticamente. Os videntes não só tiveram uma aparição e ouviram uma mensagem, eles encarnaram e viveram essa mensagem o resto das suas vidas.

A visão do inferno
Quidquid recipitur ad modum recipientes recipitur. Sto. Tomás de Aquino
O que é recebido, é recebido segundo a capacidade do recebedor. Este princípio tomista ajuda-nos a entender e conceptualizar as visões e no caso de Fátima é fundamental para a explicação da visão do inferno.  Quando a Nossa Senhora lhes mostrou o inferno não lhes podia mostrar a realidade verdadeira do inferno tal qual ele é. Seria como colocar o mar dentro de um buraco na areia, parafraseando o conto de Sto. Agostinho na compreensão do mistério da Santíssima Trindade.

O que os pastorinhos viram foi a recriação, na sua mente de todas as pregações que até ali tinham ouvido dos padres que, naquele tempo não se cansavam de amedrontar as pessoas com o fogo do inferno; também as representações gráficas em pagelas e nas “alminhas” que ainda hoje abundam à beira dos nossos caminhos.

Mais uma vez que há de revelação divina nesta experiência? De certo não a forma como as crianças viram o inferno, mas a ocorrência da visão, provocada pela Senhora.  Portanto, a experiência em si, foi provocada pela Nossa Senhora, a forma como essa experiência foi vivenciada pelas crianças tem que ver com a capacidade de compreensão destas e com a forma com que elas imaginavam o inferno com a ajuda da catequese e pregações. Parafraseando o principio tomista, o que as crianças viram, viram-no segundo os arquétipos e as imagens da sua mundividência.

O milagre do sol
Depois de tanto sofrer pela incredulidade e pelas pressões da sua mãe e pároco para que desmentisse as aparições, na aparição de 13 de Julho, Lúcia pediu à Senhora que fizesse um milagre “para que todos acreditem que Vossemecê nos aparece”. A Senhora prometeu que o faria e renovou a promessa a 19 de agosto e a 13 de setembro. E foi assim que uma grande multidão de pessoas se reuniu na Cova da Iria a 13 de outubro:

E, precisamente na hora vaticinada em julho - às 12h; -, algo de espantoso começa. Inesperadamente - porque uma chuva torrencial enchera de lama a Cova da Iria -, a Lúcia diz à multidão para as pessoas fecharem os guarda-chuvas (…) (nisto) o sol tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos, fora de todas as leis cósmicas, - o sol bailou, segundo a típica expressão dos camponeses…

«Era como um globo de neve a rodar sobre si mesmo» (Padre Lourenço)

«Este disco tinha a vertigem do movimento. Não era a cintilação de um astro em plena vida. Girava sobre si mesmo numa velocidade arrebatada.» (Dr. Almeida Garrett)

«A certa altura, o sol parou e depois começou a dançar, a bailar; parou outra vez e outra vez começou a dançar» (Ti Marto)

«Uma luz, cujas cores mudaram dum momento para o outro, refletiu-se nas pessoas e nas coisas» (Dr. Pereira Gens – que o viu a 40 Km de Fátima)
Jornal O Século (diário liberal, anticlerical e maçónico de Lisboa)

Testemunhas são também as fotografias tiradas nesse dia nas quais se vê, primeiro como chovia torrencialmente e depois toda uma multidão olhando para o sol. Não seria possível haver tanta gente ao mesmo tempo a olhar para o mesmo lugar se aí não houvesse nada que captasse a sua atenção.

Mais uma vez repetimos algo aconteceu, não nada, e desta vez algo que tinha sido anunciado três meses antes e que acontece no dia e na hora indicada. O fenómeno foi testemunhado desta vez não só por pobre analfabetos e rudes e toscos ignorantes, mas também por professores padres médicos e catedráticos de universidade. Que aconteceu então?

De todas as explicações para este fenómeno a que nos parece mais plausível é a do físico e monge beneditino Stanley Jaki (1924-2009) professor onde Einstein também o foi em Princeton, New Jersey, que se deu ao trabalho de vir a Portugal para inquirir alguns dos que presenciaram o fenómeno (1924-2009). Isto foi o que concluiu:

Trata-se de um raríssimo fenómeno meteorológico, resultante da convergência e interação entre nuvens do tipo cirro (a altas altitudes, constituídas por cristais de gelo), com nuvens de baixa altitude (feitas de partículas de água em estado líquido), em interação com ventos que faziam rodopiar as partículas de água e gelo numa roda espiralada, que por sua vez gerou em simultâneo um feixe de cores cintilantes (resultantes da refração dos raios solares nas partículas de água e gelo) e um raro efeito de “lente”, que explica a estupefação das pessoas na Cova da Iria, que achavam que o Sol, aparentando aumentar de tamanho, se iria precipitar sobre elas.. Stanley L. Jaki, God and the sun at Fatima, Real View Books, 1999.

Se não foi um fenómeno astronómico, se o sol não dançou nem as leis da física foram violadas, mas apenas se tratou de um fenómeno meteorológico raro, mas possível, onde está então o milagre? O milagre está no facto de ter sido previsto pelos pastorinhos, 5 meses antes, e de ter sido indicado por Lúcia, o dia e o exatíssimo momento em que iria acontecer assim como aconteceu.
Pe. Jorge Amaro, IMC