15 de janeiro de 2012

Cabeçalho da Missão Itinerante

1 comentário:
O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos.  Lucas 4,18

A Pomba – Representa, como é óbvio, o Espírito Santo. A missão é trinitária porque começou com Deus Pai ao enviar o seu filho e é continuada no “aqui agora” da humanidade pelo Espírito Santo que é quem anima, inspira, dá força e coragem ao Corpo Místico de Cristo que é a Igreja. O Autor e Proprietário desta empresa, a Missão, é sempre Deus.

Os arautos -  Sem duas túnicas, pão, dinheiro e alforge como requer Jesus em Mateus (10, 10) e Lucas (9, 3)  mas, à diferença destes,  com cajado e sandálias como requer Jesus em Marcos (6, 8-9) para facilitar o caminho e poderem ir mais depressa.

A cidade – É onde a maior parte da população mundial vive hoje; centro do poder e do governo até dos que ali não vivem. Para melhor difundir a Boa Nova, Pedro e Paulo assentaram arraiais em Roma; os apóstolos da actualidade também devem levar o sal e a luz do evangelho aos centros do poder e decisão do mundo de hoje.

O círio pascal - É o “i” de Missão e o “i” de itinerante. Representa a notícia de que os arautos são portadores; a fé em Cristo morto e Ressuscitado; Alfa e Ómega, principio e fim do Universo; caminho verdade e vida; a resposta mais razoável e convincente às perguntas que toda a pessoa que vem a este mundo se faz: De onde venho? Para onde vou? Que sentido tem a vida? Os que dizem que vêm do nada e vão para o nada que resposta podem dar à terceira pergunta?

“Ide primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10, 6) - A Europa era toda cristã quando extravasou o evangelho para os outros continentes; hoje não só não o é como até renega as suas raízes cristãs. Re-evangelizar a Cultura ocidental, que continua a exercer poder e influencia sobre o mundo, é certamente uma forma de Missão Ad gentes.

                                                                                                                          Pe. Jorge Amaro, IMC

1 de janeiro de 2012

Em busca da ovelha perdida

5 comentários:
Ovelha zangada com a Igreja
Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar?
Lucas 15, 4

Os primeiros a visitar o menino Jesus foram os pastores; no entanto para continuadores da sua obra Jesus escolheu pescadores de peixes para que, sem perderem as suas técnicas, apenas mudando de ramo, se transformassem em pescadores de homens.

Estes pescadores em 300 anos converteram metade da população do mundo; pelo que agora eram preciso pastores para guiar e governar este rebanho que se pensava que iria sempre aumentando porque as ovelhas se reproduziam para dentro; o caso é que desde há muito as ovelhas se reproduzem para fora do rebanho e se perdem.

O Bom Pastor é o que deixa as 99 e vai em busca da ovelha perdida. Ou, como alguém diz com ironia referindo-se à situação actual, deixar uma para ir em busca das 99. Buscar a ovelha ou ovelhas perdidas suponho que é o que se entende por nova evangelização que, a meu ver, ainda não passou de ser um discurso de boas intenções a nível de sínodos, congressos e palestras pois pouco se vê a nível de ideias operativas e realizações concretas.

Nos anos após o concilio, ainda o problema da dissidência não era tão candente, e para fazer-lhe frente nasceram as missões populares, os cursilhos de cristandade o movimento por um mundo melhor etc.… Agora o abandono da fé e pratica religiosa é bem mais grave e generalizado como lhe fazemos frente?

Este blogue pretende ser um espaço de reflexão e partilha de experiências em torno ao tema da fé da nova evangelização ou evangelização nova, como preferia o cardial Martini, em definitiva o que fazer para trazer de volta a ovelha perdida.
Pe. Jorge Amaro, IMC