A Bíblia não pretende ser um livro de ciência;
não devemos procurar nela nem verdades nem erros científicos. No entanto, à sua
maneira, diz a verdade: no relato da criação do mundo, os elementos que compõem
o Universo vêm ordenados da mesma forma que os ordena a ciência de hoje. Deus
criou o tempo e o espaço quase em simultâneo, seguidos da matéria.
Composição
do universo
Nos últimos tempos temos assistido a grandes
avanços da Física sobre a origem e a natureza do Universo. No entanto, é
precisamente nesta ciência que continua a abundar o mistério. Dada a sua
dimensão e a nossa pequenez, é mais o que não se sabe do que o que se sabe
acerca do Universo, e muito do que se sabe são apenas conjeturas, hipóteses que
carecem de verificação experimental.
No nosso afã de encontrar a Trindade ou a
tridimensionalidade transversal a tudo o que Deus Uno e Trino criou, com a
maioria dos físicos chegamos à conclusão de que o Universo é composto por Tempo
- Espaço – Matéria. Alguns podem opinar que a energia é um quarto elemento, mas
não é assim: com a teoria da relatividade geral de Einstein, ficámos a saber
que a matéria e a energia são transmutáveis, ou seja, a matéria é uma forma de
energia e a energia é uma forma de matéria.
De alguma forma podemos dizer que a matéria ou
massa, é energia solidificada ou condensada, a energia é matéria volatizada. Desde a sua natureza trinitária, no princípio, Deus criou três coisas, o tempo, o espaço e a matéria. O Universo é então composto por
Tempo, Espaço e Matéria/Energia. O universo é um continuum de matéria que se
transforma em energia e energia que se transforma em matéria dentro num marco
espácio temporal.
Pela forma como a nossa mente logicamente
funciona, somos levados a pensar que a matéria/energia é o conteúdo do universo
e que o espaço e o tempo é são respetivamente o lugar e o momento em que a
matéria e a energia se transmutam entre si. Ou seja, o Universo é composto por
um elemento ativo matéria/energia e dois passivos, o tempo e o espaço.
A teoria da relatividade e a física quântica
vieram desafiar a lógica do nosso pensamento no sentido de que nenhum dos três
componentes é passivo, todos os três interagem entre si, de uma forma muito
complexa, e nenhum dos três é mais importante que o outro; tal como dissemos no
caso da tridimensionalidade a família humana, a existência de um dos elementos
pressupõe a existência dos outros dois. Podemos também dizer aqui que cada um
dos três elementos não existe por si só separadamente dos outros dois, por isso
ou os três existem em concomitância ou nenhum dos três existe.
O
princípio do universo
Durante séculos os cientistas ateus basearam o
seu ateísmo no facto de o Universo não ter princípio nem fim, de sempre ter
existido, e riam-se da Bíblia e da Igreja que sempre defenderam que o mundo tem
em Deus o seu princípio e o seu fim. Sabemos que o universo é formado por tempo,
espaço e matéria; se fosse eterno, o tempo não faria parte da equação, seria
estático ou, quanto muito, cíclico.
Albert Einstein, em 1915, com a sua teoria de
relatividade, estabeleceu a relação entre matéria, espaço, tempo e gravidade,
assim como a equivalência e transmutabilidade entre energia e matéria. Como já
dissemos, descobriu ainda que o Universo não é estático, mas que se contrai ou
expande.
O padre Georges Lemaître, em 1927, descobriu que o
universo estava em expansão e concluiu que houve um dia sem ontem, ou seja, que
o Universo resultou de uma explosão cósmica (“Big Bang”) que ocorreu há 13,8 milhares
de milhões de anos.
Edwin Hubble, em 1929, – observou com o maior telescópio
do mundo (200 polegadas) que as galáxias para além da Via Láctea estavam a
afastar-se de nós a uma velocidade proporcional à sua distância da Terra, ou
seja, quando mais distantes elas se encontram de nós, mais velozmente de nós se
afastam. As suas observações comprovam sem lugar a dúvidas, não só a teoria da
expansão do universo, mas também que esta expansão se encontra em aceleração.
Para além destas observações, em 1965, Arno
Penzias e Robert Wilson descobriram a radiação cósmica de fundo, conhecida
pelas iniciais em inglês CMBR (Cosmic Microwave Background Radiation), presente
em todo o espaço. Esta radiação de fundo é a que se observa quando sintonizamos
num televisor um canal não ocupado por uma estação de televisão. O ruído que
ouvimos é um eco do Big Bang e o formigueiro que vemos assemelha-se a uma
fotografia tirada 380 mil anos depois do Big Bang, quando o Universo era ainda
muito quente e denso.
Portanto, no princípio, existia um único ponto
infinitesimamente denso e mais quente que o interior de uma estrela, ao qual os
físicos dão o nome de singularidade; com a explosão desta singularidade e a sua
rápida expansão foram criados o tempo, o espaço e posteriormente a matéria. O
facto de que o Universo não seja estático e esteja em expansão, torna
inconcebível que este sempre tenha existido e possa continuar a existir
eternamente em expansão, logo deve ter tido um começo. Esse começo foi o Big
Bang.
A representação gráfica do Universo em
expansão, segundo a imagem que ilustra este texto, é triangular, coincidindo o
vértice do triângulo com a fonte luminosa mais intensa: o Big Bang. Por isso se
queremos ter uma ideia de como aconteceu o Big Bang basta acender uma pilha:
vemos que a luz se propaga de uma forma triangular, e que este triângulo se
expande até a luz se esfumar na distância.
O que analogamente acontece em todos os campos
do saber humano é que tudo o que começa a existir, teve uma causa. Portanto, se
o Universo começou a existir, a sua existência foi causada. Esta causa, porém,
tem que ser em si mesma não causada, imutável,
atemporal, imaterial e pessoal, ou seja, Deus.
Um
universo oscilante
Sentindo os ateus que o chão lhes fugia
debaixo dos pés, e não podendo negar o Big Bang, começaram a argumentar que num
futuro distante, o Universo chegará a um ponto máximo de expansão e iniciará o
movimento inverso através do qual toda a matéria se reunificará outra vez pela
força da gravidade, para posteriormente explodir e se expandir num Universo simultaneamente
novo e reciclado, num eterno suceder de “Big Bangs” e “Big Crunchs”.
Ou seja, o universo funcionaria como um ioió,
uma grande explosão seguida de expansão que pararia no momento em que a força
de expansão igualasse a força da gravidade. Chegado este ponto, o universo entraria
no movimento contrario à expansão, ou seja, começaria a encolher-se
vertiginosamente quando a força da gravidade superasse e anulasse a força de
expansão, até colapsar numa implosão e criar uma nova singularidade, seguida por
um novo Big Bang.
O universo seria oscilante, como um elástico
que se expande rapidamente até a um ponto máximo, entrando então em
desaceleração até parar a expansão e contraindo-se depois tão rapidamente como
se expandiu, até chegar a um Big Crunch, ou seja, ao ponto infinitamente denso que
daria origem a um novo Big Bang.
Esta teoria parece estar em consonância com a
primeira lei da termodinâmica, (nada se cria, nada se perde tudo se transforma)
a matéria é sempre a mesma, reciclando-se eternamente, pelo que o Universo não
tem princípio nem fim. Representando esta ideia em filosofia está a teoria do
eterno retorno - a história repete-se, como dizem alguns historiadores. Em
religião, temos a teoria da reincarnação e a conceção cíclica do tempo, como
entendiam os gregos: primavera, verão, outono, inverno, etc.
No entanto, isto não é o que vai acontecer
desde observações feitas com o telescópio Hubble não apontam nesse sentido. A
ascensão de um foguete pode nos dar uma ideia do que vai acontecer. Um foguetão
ascende na atmosfera porque tem uma força superior à da gravidade que o atrai
para a terra. Se lhe faltar o combustível, deixará de subir e a gravidade fá-lo
-á voltar ao lugar inicial. Porém, se não lhe faltar o combustível e subir a
mais de 12 Km por segundo, nunca mais voltará à terra e para sempre se
distanciará de nós. É o que acontece com o nosso universo: a aceleração cósmica
da expansão é tão elevada e, a densidade da matéria (que proporciona a
gravidade) é tão baixa, que todos os objetos continuam a distanciar-se de nós
para sempre.
O fim
do Universo
Num Universo fechado, a gravidade pararia a expansão
quando esta chegasse ao limite e seria seguida por uma contração. Mas o Universo
é aberto e ilimitado, pelo que pode expandir-se eternamente, e tudo indica que
a expansão está em aceleramento.
A velocidade de expansão das galáxias é demasiado
grande para que a sua gravidade consiga inverter o movimento. Ainda que num
futuro abrandassem, já estariam demasiado distantes para que a gravidade as
obrigasse a contraírem-se. Portanto, a expansão é
irreversível porque não há matéria suficiente no Universo para a força da sua
gravidade a fazer parar. Assim, ou num dado momento o Universo congela ou se
expande até gastar toda a sua energia e morrer.
A diminuição de massa devido ao esgotamento de
energia diminui a força da gravidade, fazendo com que a inversão de marcha seja
impossível. O Universo vai expandir-se até à morte que ocorrerá quando tiver
gasto toda a sua energia.
Segundo a primeira lei da termodinâmica, na transmutação entre energia e matéria, nada é criado, nada é destruído, tudo
se transforma, o que estaria de acordo com um Universo eterno e oscilante. Porém,
nos termos da segunda lei da termodinâmica, a transformação de matéria em
energia não é possível sem a deterioração ou desgaste irreversível da primeira.
Por isso, os processos naturais conhecidos são quantitativamente conservadores
(1ª lei) e qualitativamente degenerativos (2ª lei).
À primeira vista, pode parecer que a primeira lei da
termodinâmica dá razão aos ateus e ao seu universo oscilante. Se a energia não
pode ser criada nem destruída, isso significa que a energia pode ser reciclada
ad aeternum.
Sim e não. A energia não pode ser criada nem
destruída, mas pode mudar ou ser transferida de formas mais úteis para formas
menos úteis. Em cada transferência ou transformação de energia no mundo real,
uma certa quantidade de energia é convertida numa forma que não é reutilizável.
Na maioria dos casos, esta energia inutilizável assume a forma de calor.
É certo que o calor em circunstâncias idóneas pode ser
reutilizado. No entanto, nunca pode ser transformado no tipo de energia
mecânica com o mesmo desempenho e eficiência de 100%. Por isso, cada vez que
acontece uma transferência de energia, uma certa quantidade de energia útil (embora
não se perdendo em conformidade com a 1ª lei) passará à categoria inútil (em
conformidade com a 2ª lei da termodinâmica ou lei de entropia). Se assim não
fosse, se só existisse a primeira lei da termodinâmica, seria possível
construir um motor que consumisse só a energia que produz e que produzisse a
energia que consome para se manter em funcionamento.
A razão pela qual o Universo não pode ressurgir dando
lugar a outro Big Bang, mesmo que se contraia, é que o Universo é extremamente ineficaz
(entropia): longe de poupar, desperdiça energia. De facto, o Universo é tão
ineficaz que o ressurgir resultante do seu colapso seria apenas 0,00000001% do
Big Bang original. Um ressurgir tão insignificante resultaria num novo colapso quase
imediato e o Universo acabaria por transformar-se num buraco negro gigante para
o resto da eternidade.
A
analogia do sol
Tudo no Universo se processa de uma forma análoga. No
nosso pequeno mundo, o sistema solar é composto por uma estrela - o sol -
rodeada por 8 planetas, dos quais o nosso é o terceiro. Devemos a vida ao astro
rei, mas este já não é jovem, já penteia cabelos bancos. De facto, tal como uma
vela que aumenta a chama antes de se apagar, tal como um ser humano que parece
melhorar antes de morrer (as chamadas melhoras da morte), dentro de mil milhões
de anos a luminosidade do sol aumentará e ocupará dois terços do nosso céu. Os
oceanos secarão, a atmosfera desaparecerá. Muito antes disto, o nosso planeta
não oferecerá condições mínimas para a existência de vida.
O sol formou-se há 4.500 milhões de anos a partir de
uma grande nuvem de pó e hidrogénio, que pelo efeito da gravidade entrou em redemoinho,
como um furacão. Esta atração gravitacional fez com que a densidade fosse
aumentando e, como esta, a temperatura do núcleo central aumentou também até
alcançar os 10 milhões de graus. Nestas condições, aconteceu a fusão nuclear e
a estrela começou a emitir luz. Calcula-se que o hidrogénio do sol já tenha
reduzido em 40%. Calcula-se também que a Terra tenha surgido há 3.500 milhões
de anos e que faltam mil milhões de anos até ao seu fim. Assim sendo e, apesar
de faltarem ainda muitos anos, estamos já no último quarto de vida do nosso
planeta.
Cada estrela tem o seu destino marcado desde o momento
do seu nascimento: conforme a massa que tiver no dia do seu nascimento, assim
será a sua morte. O nosso sol vai converter-se primeiro numa gigante vermelha,
depois numa nebulosa planetária e quando tiver perdido toda a sua
incandescência, numa anã branca, uma estrela 7 vezes maior que o sol,
supergigante vermelha – supernova – estrela de neutrões. Uma estrela 40 vezes
superior ao sol, transformar-se-á num buraco negro na sua fase final. Tal como
as estrelas, o universo vai expandir-se até não ter mais energia para aquecer e
para se aquecer e morrerá de frio quando tiver gasto todo o seu combustível.
Tempo
Para a física, o conceito ou coordenada do
tempo é uma medida que determina a duração de alguma coisa sujeita a uma
mudança. Há, portanto, três tipos de tempo:
O tempo psicológico ou humano que é aquele que cada um de nós experimenta - a nossa
memória histórica do que aconteceu e que já não acontece, o presente que
decorre agora e flui em direção a um futuro que está para vir.
O tempo cósmico,
associado à expansão do universo e que começou no dia do Big Bang, um dia sem
ontem e que acabará com o fim do mundo.
O tempo termodinâmico, associado ao incremento da entropia, ou seja, à segunda lei da
termodinâmica segundo a qual a matéria não se converte em energia sem sofrer um
desgaste; se assim não fosse, seria possível fabricar um motor que produzisse
exatamente a mesma energia que consumia, um motor eterno. Mas tal não é
possível, os sistemas que dissipam energia são irreversíveis.
Einstein descobriu que o tempo não é absoluto,
mas sim relativo: relógios iguais e sincronizados podem medir tempos diferentes
se um deles se mover a uma velocidade substancial e o outro ficar parado. Por
esta razão, Einstein prefere falar de espaço e tempo como uma entidade única,
espaço-tempo. Na verdade, já Kant entendia que o espaço e o tempo eram
essenciais para a compreensão da experiência humana, sendo esta tudo o que
decorre simultaneamente num tempo e num espaço.
O tempo diminui em proporção da velocidade:
quanto mais veloz for o movimento o objeto, menos tempo decorre para ele. Acelera-se
a velocidade e desacelera-se tudo à volta da pessoa que se move: o seu relógio,
até o seu pensamento. A pessoa não se dá conta, mas um observador externo dá.
Aqui reside a base do famoso paradoxo dos dois gémeos.
Um deles parte para uma viagem no espaço a 90%
da velocidade da luz; o relógio deste gémeo em viagem move-se 44% mais rapidamente
que o relógio do gémeo que ficou na Terra, pelo que o gémeo viajante envelhece
mais lentamente que o gémeo que permaneceu na Terra. Depois de 5 anos, quando o
gémeo volta do espaço, tem apenas mais 5 anos de idade enquanto que o seu irmão
passa já dos 100. Isto que para o nosso pensamento convencional é um paradoxo,
é pura realidade na teoria da relatividade.
Espaço
No tempo anterior ao Big Bang, o espaço tinha
uma dimensão zero, ou seja, era inexistente. Com a grande explosão vai
atingindo dimensões cada vez maiores até aos nossos dias e continua em expansão
acelerada, continuando a crescer.
Entende-se por espaço as regiões relativamente
vazias do universo, fora da atmosfera dos corpos celestes. Porém, hoje sabemos
que não está totalmente vazio de matéria pois contém partículas de hidrogénio,
ainda que de baixa densidade, assim como alguma radiação eletromagnética. Hoje
sabe-se também que contém formas desconhecidas de matéria e energia, como a
matéria negra e a energia negra.
Há um espaço que é real pois pode ser
observado e um espaço que intuímos que existe, mas que não temos forma de
observar. A luz viaja a uma velocidade de 300 mil quilómetros por segundo; a
luz de qualquer estrela tarda milhares de anos a chegar à terra e a das
galáxias milhões de anos. Existem corpos tão distantes que a sua luz ainda não
chegou até nós desde que se formaram, por isso não podemos observá-los.
Tal como aconteceu com a conceção do tempo,
também o espaço desafia a nossa mente convencional. Imaginamos o espaço linear
estendido em todas as direções, como um contínuo tridimensional mensurável em
altura, largura e profundidade que tudo envolve. Porém, não é assim: o espaço
curva-se devido à força da gravidade que nele exercem os astros. Esta é maior
ou menor segundo a sua massa. Por exemplo, na terra pesamos 8 vezes mais que na
lua. Einstein vê na força da gravidade que faz dobrar o espaço muito mais que
uma força: uma manifestação geométrica espaciotemporal.
Energia
Ao tempo do Big Bang, quando o espaço possuía
uma dimensão zero, era infinitamente quente. Tal como a luz e o calor que emana
uma pilha vão diminuindo à medida que se afastam da sua origem, tal como
acontece com a expansão, assim o Universo vai esfriando à medida que se afasta
do Big Bang no espaço e no tempo. Nos momentos que se seguiram ao Big Bang, não
havia matéria, só havia fotões, eletrões, neutrões e protões. Com a contínua
expansão do universo e a consequente descida de temperatura, estas partículas
começaram a combinar-se entre si formando o núcleo do átomo de hidrogénio
pesado que, combinado com mais neutrões e protões, forma o núcleo do hélio.
Com a descida brusca da temperatura, estas
partículas iniciais já não tinham energia suficiente para neutralizar a atração
eletromagnética entre elas e começaram a formar átomos, que são os tijolos da
matéria.
Em grego, energia significa atividade,
operação força. A energia é um conceito abstrato pois não se refere a um objeto
físico. No entanto, segundo a teoria da relatividade especial existe uma
equivalência entre massa e energia pela qual todos os corpos, pelo facto de serem
constituídos por matéria, contêm energia. Vejamos algumas formas de energia:
Energia cinética –
É a que possuem os corpos em movimento, dependendo da sua massa e velocidade.
Energia elétrica –
Produz-se pela atração ou repulsa entre os corpos carregados eletricamente.
Energia nuclear –
É a que resulta da rutura ou cisão do átomo. No caso da energia nuclear
utilizada para a produção de eletricidade, trata-se da rutura do átomo de um
elemento pesado como o urânio, ao ser bombardeado com neutrões. A fusão nuclear
só é possível no interior das estrelas onde a temperatura ascende os cem
milhões de graus.
Energia potencial
– Uma garrafa parada sobre uma estante tem energia potencial dada a posição que
ocupa, pois pode cair.
Energia química –
É a energia absorvida, armazenada e libertada nas combinações químicas entre os
átomos e as moléculas. As plantas por exemplo utilizam a luz do sol para
produzir energia química que armazenam em moléculas orgânicas.
Energia radiante ou luminosa – Energia que se propaga no vazio em forma de ondas eletromagnéticas:
luz visível, raios X, raios gama, raios ultravioleta, raios infravermelhos; a
luz visível é só uma das formas da luz radiante.
Energia térmica –
Quando se acende uma fogueira e se queima madeira, produzimos energia térmica -
o calor flui dos corpos que se encontram a maior temperatura para os corpos que
se encontram a menor temperatura.
Energia negra – A última
forma de energia a ser descoberta há relativamente pouco tempo, em 1999. É mais
o que não sabemos do que o que sabemos acerca da energia negra por esta não ser
observável. É uma manifestação da gravidade ou da matéria-energia? A energia negra
corresponde a 72% do Universo, sendo 23% constituído por matéria negra. Apenas
4,6% são átomos, ou seja, matéria, galáxias, estrelas e planetas.
Matéria
A nível microscópico, a matéria é formada por
moléculas e estas por átomos que, por sua vez, se compõem de eletrões protões e
neutrões. Para além disto, há ainda um conjunto de partículas subatómicas que
formam os eletrões, os protões e os neutrões: quarks.
Macroscopicamente a matéria é o nosso sistema
solar, a nossa galáxia e todas as galáxias que formam o universo observável. Fundamentalmente,
o nosso universo a nível de matéria é composto por hidrogénio e hélio - 75% e
24%; apenas 1% da matéria conhecida é composta por todos os outros elementos.
Todos os objetos celestes visíveis conhecidos, galáxias, estrelas, planetas e
nuvens de pó, constituem 10% da massa do Universo; o resto é massa não
identificável, indetetável que os astrónomos denominaram de matéria negra.
Duas são as características principais da
matéria: ocupa um lugar no espaço e tem massa. A massa é uma magnitude física
fundamental que pode definir-se como a medida da quantidade de matéria que um
corpo tem e que determina as suas propriedades de inércia e gravitação.
Como já dissemos, existe uma correspondência
entre matéria e energia e energia e matéria; a matéria pode transformar-se em
energia e a energia transformar-se em matéria; podemos ver a matéria como uma
forma de energia ou a energia como uma forma de matéria; mas a matéria não é
energia, nem a energia é matéria. A chama de uma vela, por exemplo, é composta
por uma mistura de combustível em forma de vapor, oxigénio, dióxido de carbono,
monóxido de carbono e água, por isso podemos dizer que é matéria. Porém, a luz
produzida pela chama é energia; o calor produzido também é energia, não
matéria. O fogo em si mesmo, porém é um estado de matéria.
Como exemplo de energia que se transforma em
matéria e matéria que se transforma em energia, tomemos a combustão do sol que transforma
massa, ou seja, matéria em energia. Por sua vez, pela fotossíntese, esta
energia absorvida pelas plantas é transformada em massa, pois é responsável
pelo seu crescimento.
A matéria existe na natureza em três estados:
Gasoso – As
moléculas que constituem um gás quase não se atraem umas às outras, pelo que se
movem no vazio a grande velocidade, com muita separação umas das outras.
Líquido – As
moléculas dos líquidos não estão tão próximas como as dos sólidos, mas estão
menos separadas que as dos gases.
Sólido – Porque
opõe resistência a mudanças de forma e de volume. As moléculas de um objeto
sólido têm uma grande coesão entre si, pelo que adotam formas bem definidas,
resistindo, portanto, a toda mudança de volume ou de forma.
Plasma – Também
chamado o quarto estado da matéria é fundamentalmente um gás constituído por
eletrões e por iões carregados positivamente. No nosso entender, o plasma não é
o quarto estado da matéria pois não é verdadeiramente um estado, mas sim um
processo; diz respeito ao exato momento em que a matéria se torna energia. Por
isso, tanto pode ser considerado como uma forma ou estado da matéria, como uma
forma ou estado da energia.
O nosso sol é constituído por plasma. Na Terra,
os raios da trovoada são plasma que ocorre quando o gás atmosférico é aquecido
a elevadas temperaturas e é ionizado por correntes elétricas. Uma outra forma
de plasma são os ventos solares que interagem com o campo magnético da Terra,
criando as auroras boreais. Por fim, a forma de plasma mais próxima de nós,
depois que os televisores de plasma desapareceram por consumirem muita energia,
são as lâmpadas fluorescentes que contemplamos todos os dias.
Conclusão
O futuro do nosso querido Universo não depende
nem da energia nem da matéria visíveis, pois estão em minoria no Universo. Depende
antes, da energia negra e da matéria negra. Estas duas estão em luta uma com a
outra, como o bem e o mal; a matéria negra exerce uma força centrípeta sobre o Universo;
se esta vencer - o mundo colapsa sobre si mesmo.
A energia negra, ao contrário exerce uma força
centrífuga sobre o Universo, pelo que se esta última a vencer batalha, o Universo
desintegra-se por completo: desintegram-se as estrelas, os sistemas solares, as
galáxias e por fim os próprios átomos, protões, eletrões, neutrões e quarks que
os constituem.
Seria o fim do Universo. Como a energia negra
corresponde a 72% do Universo, sendo só 23% constituído por matéria negra, é de
prever que ganhará a energia negra.
Colapsando sobre si mesmo, no caso de ganhar a
matéria escura, ou desintegrando-se se o vencedor é a energia escura, de
qualquer forma, o Universo está condenado. O nosso único consolo é que não isto
não vai acontecer nos nossos dias, pois quando isto acontecer já toda a
humanidade se encontra a viver com seu criador, Deus.
O nosso planeta terra está no último quarto da
sua vida, ou seja, resta-lhe ainda 1 bilhão de anos. O universo que já existe
às 14 bilhões anos parece que tem 5 bilhões mais. Estes fatos devem ser
suficientes para matar qualquer ansiedade sobre um fim eminente. O que importa
é o princípio que o universo teve um começo em Deus, seu criador e nele terá
seu fim. Ele que criou tudo do nada só ele pode reduzir tudo ao nada outra vez.
Pe. Jorge
Amaro, IMC
Deus é eterno ou seja tudo que é eterno no futuro tambem é eterno no passado e sempre existiu e sempre criou mundos(os anjos são a prova) então desde sempre, milhoes de mundos foram criados desde sempre e como o espaço é infinito, não ha limites para a criação, e como tudo que Deus faz é perfeito, Ele não criaria mundos para serem destruidos. A expansão não causa destruição, porque no espaço não existe oxigenio que poderia gerar formas destrutivas então as galaxias criadas desde sempre só estariam a mudar de lugar sem causar deteriorização àos planetas e às estrelas. O tempo continua a passar como sempre foi e nunca mudara porque o tempo é imutavel e constante, como foi a milhões de anos e continuará sendo para sempre. A energia(Deus) que rege todas as coisas em todos os lugares e em todos os tempos é imutavel pois o amor é a maior forma de energia que conhecemos. A mente humana é que não é capaz de conseguir entender todas as coisas porque Deus ja nos criou com os limites de espaço e tempo, mas quando nossos olhos forem abertos poderemos entender por completo todas as coisas de Deus, que é Deus.
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